quarta-feira, 25 de abril de 2012


HISTÓRICO


                        História da Fundação Barros









Meu nome é Maria de Fátima Batista Barros represento a Organização Educacional e Cultural Barros, pedagoga, formada pela UFG(Universidade Federal de Goiás), descente de uma comunidade quilombolas que foi reconhecida em 2010, na região do Bico do Papagaio norte do Tocantins. Sou professora universitária no curso de pedagogia na Faculdade Alvorada e também sou presidente de uma Organização Educacional e Cultural em processo de institucionalização. 

Moro atualmente em Brasília, porém meus familiares residem no Tocantins ainda luta pela demarcação das terras de uma ilha no Rio Araguaia onde meu bisavô senhor Henrique Barros viveu em situação de escravidão por volta do ano de 1886.Em 2010 meu tio senhor Salvador Barros 75 anos foi despejado da Ilha de São Vicente onde nasceu e viu até o momento sob alegação de invasão por parte de um fazendeiro local filho de um ex. prefeito, assim meu tio foi despejado e toda a família passou a viver um pesadelo que durou alguns meses. 

Após o despejo buscamos ajuda do movimento negro do estado, da TV local e da própria comunidade.Na busca de provas documentais conseguimos um Livro de um escritor local que conta a história da criação do arraial em 1.886 por um capitão chamado Vicente Bernardino, que havia deixado contas a receber na localidade de Carolina e manda um membro de sua comitiva retornar para resgatar a divida, que foi paga com 08 escravos que pertenciam a duas famílias: Barros e Noronha, dentre os escravos encontrava-se meu bisavô Henrique Barros ainda criança, que tinha o mesmo nome do filho do seu senhor, com isso ouve uma confusão com os nomes o senhor terminou criando uma relação de carinho com o garoto. Em 1888 com a libertação dos escravos o senhor levou o garoto negro até a beira do Rio Araguaia e diz que a ilha pertenceria a Henrique Barros e seus descendentes, porém não documenta a doação, Henrique passa a viver na Ilha com seus pais e irmãos, mais tarde cruza as margens do rio e conhece uma índia da tribo das Araras chama Inês com quem casa-se e dar origem a minha família. Este livro foi colocado em nos autos do processo e assim meu tio Salvador e seus filhos conseguiram a reintegração de posse e voltou para a ilha.

Consciente do meu papel social tanto para minha família como para outras pessoas com histórias semelhantes a esta vivenciada por mim e meus familiares, após a leitura do Livro Paixão por Marketing criei coragem e organizamos um colegiado com 25 profissionais de formações diferentes e decidimos criar uma Organização educacional, chamada Organização Educacional e Cultural Barros que irá oferecer formação técnica profissionalizante, capacitação, treinamento e também encaminhar pessoas para o mercado de trabalho, assim como desenvolver projetos de geração de renda e sustentabilidade para comunidades quilombolas e desenvolver projetos científicos advindos de Faculdades, Centro universitário e universidades parceiras.Ressaltamos que a Instituição atuará no 3º setor, na categoria de OSCIP, Fundação Barros será o nome fantasia da Organização. 

Temos uma determinação de contribuir com o crescimento do nosso país e de possibilitar que nossas crianças, jovens, adultos e idosos tenham uma melhor qualidade de vida e sejam produtivos e conseguiremos isso pela Educação e Cultura, somos ligados ao Movimento Negro Unificado e a Frente Nacional Quilombola.Neste momento redigimos o estatuto, realizamos algumas reuniões e estamos construindo um site e buscando parcerias e apoio para iniciarmos nossas atividades educacionais e culturais. 

No dia 27/10/2011 realizamos no auditório da OAB/DF uma palestra para apresentação do nosso projeto para a comunidade acadêmica e para a sociedade de um modo geral.


O grade desafio agora é desenvolver nossos cursos, atividades culturais, debates, mesa redonda, palestras e seminários, projetos e programas para as comunidades quilombolas e também para o público em geral.

A Fundação Barros apresenta uma nova perspectiva social, pautada na formação, educação, inserção no mercado de trabalho, desenvolvimento sustentável e geração de renda. Seja você também um agente de transformação social participe de nossas atividades.

Fátima Barros


 






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