HISTÓRICO
História da Fundação Barros
Meu nome é Maria de Fátima Batista
Barros represento a Organização Educacional e Cultural Barros,
pedagoga, formada pela UFG(Universidade Federal de Goiás), descente de uma comunidade quilombolas que foi
reconhecida em 2010, na região do Bico do Papagaio norte do Tocantins. Sou
professora universitária no curso de pedagogia na Faculdade Alvorada e também
sou presidente de uma Organização Educacional e Cultural em processo de
institucionalização.
Moro atualmente em Brasília, porém meus familiares residem no Tocantins ainda
luta pela demarcação das terras de uma ilha no Rio Araguaia onde meu bisavô
senhor Henrique Barros viveu em situação de escravidão por volta do ano de
1886.Em 2010 meu tio senhor
Salvador Barros 75 anos foi despejado da Ilha de São Vicente onde nasceu e viu
até o momento sob alegação de invasão por parte de um fazendeiro local filho de
um ex. prefeito, assim meu tio foi despejado e toda a família passou a viver um pesadelo que durou alguns meses.
Após o despejo buscamos ajuda do
movimento negro do estado, da TV local e da própria comunidade.Na busca de provas documentais conseguimos um Livro de um escritor local que
conta a história da criação do arraial em 1.886 por um capitão chamado Vicente
Bernardino, que havia deixado contas a receber na localidade de Carolina e
manda um membro de sua comitiva retornar para resgatar a divida, que foi paga
com 08 escravos que pertenciam a duas famílias: Barros e Noronha, dentre os
escravos encontrava-se meu bisavô Henrique Barros ainda criança, que tinha o
mesmo nome do filho do seu senhor, com isso ouve uma confusão com os nomes o
senhor terminou criando uma relação de carinho com o garoto. Em 1888 com a
libertação dos escravos o senhor levou o garoto negro até a beira do Rio
Araguaia e diz que a ilha pertenceria a Henrique Barros e seus descendentes,
porém não documenta a doação, Henrique passa a viver na Ilha com seus pais e
irmãos, mais tarde cruza as margens do rio e conhece uma índia da tribo das
Araras chama Inês com quem casa-se e dar origem a minha família. Este livro foi
colocado em nos autos do processo e assim meu tio Salvador e seus filhos conseguiram a reintegração de posse
e voltou para a ilha.
Consciente do meu papel social tanto para minha família como para outras
pessoas com histórias semelhantes a esta vivenciada por mim e meus familiares,
após a leitura do Livro Paixão por Marketing criei coragem e organizamos um
colegiado com 25 profissionais de formações diferentes e decidimos criar uma Organização
educacional, chamada Organização Educacional e Cultural Barros que irá oferecer
formação técnica profissionalizante, capacitação, treinamento e também encaminhar
pessoas para o mercado de trabalho, assim como desenvolver projetos de geração
de renda e sustentabilidade para comunidades quilombolas e desenvolver projetos
científicos advindos de Faculdades, Centro universitário e universidades parceiras.Ressaltamos que a Instituição atuará no 3º setor, na categoria de OSCIP,
Fundação Barros será o nome fantasia da Organização.
Temos uma determinação de
contribuir com o crescimento do nosso país e de possibilitar que nossas
crianças, jovens, adultos e idosos tenham uma melhor qualidade de vida e sejam
produtivos e conseguiremos isso pela Educação e Cultura, somos ligados ao Movimento
Negro Unificado e a Frente Nacional Quilombola.Neste momento redigimos o estatuto, realizamos algumas reuniões e estamos
construindo um site e buscando parcerias e apoio para iniciarmos nossas
atividades educacionais e culturais.
No dia 27/10/2011 realizamos no
auditório da OAB/DF uma palestra para apresentação do nosso projeto para a
comunidade acadêmica e para a sociedade de um modo geral.
O grade desafio agora é desenvolver nossos cursos,
atividades culturais, debates, mesa redonda, palestras e seminários, projetos e programas para as comunidades quilombolas e também para o público em geral.
A Fundação Barros apresenta uma nova perspectiva social, pautada
na formação, educação, inserção no mercado de trabalho, desenvolvimento
sustentável e geração de renda. Seja você também um agente de transformação
social participe de nossas atividades.
Fátima Barros
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