Símbolo da força de espírito e da humildade
Do provérbio Dwonnin ye asie a ode n'akorana na ennye ne mben.
Tradução
Do provérbio Dwonnin ye asie a ode n'akorana na ennye ne mben.
Tradução
O carneiro pode intimidar, não com seus chifres e sim com o coração.
É o coração e não a força que levam o homem à crueldade.
É também um simbolo do disfarce, do ato de esconder coisas e fatos.
Dwanimen traduz-se por chifre de carneiro, derivando dessa forma espiralada.
O chifre é a arma desse animal forte e majestoso.
É usado tanto para a defesa como para a sedução.
Um componente de graça e elegância do animal.
Também simboliza a aptidão para aprender e saber.
E portanto demonstra humildade.
Carrega junto dentro de seu simbolismo a força.
A força simbólica de um carneiro não vem apenas de sua estrutura física, mas da
integridade de seu coração.
Em complemento à beleza, Dwanimen também significa o equilíbrio necessário para
a vida.
As mulheres nessas sociedades são ensinadas a serem submissas e terem humildade
e para isso precisam buscar força.
Uma pessoa pode ser dotada e talentosa e sabia, mas essas virtudes isoladas não
propiciam uma grandeza.
Somente com o uso criativo desses dotes, a força de espirito , a força física e
a humildade que se consegue compreender qual o papel de cada um na sociedade.
É com o aprendizado e com a sabedoria que se adquire com o tempo que alguém
pode exceder suas capacidades e atingir seus alvos.
Dwanimen é o simbolo que traduz a essência da experiência holística.
SIMBOLOGIA ADINKRA
Entre as manifestações culturais da nação Ashanti, destaca-se o estampado
adinkra.
Encontra-se também no povo Gyaman, da Costa do Marfim.
Adinkra são símbolos que representam provérbios e aforismos.
É uma linguagem de ideogramas impressos, em padrões repetidos, sobre um tecido
de de algodão.
Considerado como um objeto de arte, o adinkra (adeus, em twi) constitui um
código do conhecimento referente às crenças e à historia deste povo.
A escrita de símbolos adinkra reflete um sistema de valores humanos universais:
Família, integridade, tolerância, harmonia e determinação, entre outros.
Existem centenas de símbolos e a maioria deles é de origem ancestral, sendo
transmitidos de geração em geração.
Muitos representam virtudes, sagas populares, provérbios ou eventos históricos.
Os ganeses geralmente escolhem suas roupas para usar segundo o significado das
cores e dos símbolos estampados nelas.
A estampa e a cor expressam sentimentos de ocasiões específicas como festas de
funerais, festivais tradicionais, ritos de iniciação como o da puberdade,
casamentos, durbars etc.
Alegria está relacionada a cores alegres e ao branco, enquanto que para
funerais e luto predominam as cores como azul e vermelho escuros, marrom ou
preto.
Quando as pessoas vestem vermelho escuro ou marrom, isso significa que recém
perderam um parente próximo.
A cor preta ou azul escuro demonstra a dor prolongada pela perda de uma pessoa
amada como os pais, filhos ou companheiro.
Adinkra significa adeus.
Originalmente esses símbolos eram usados para enfeitar o vestuário destinado às
cerimônias fúnebres.
Os desenhos eram feitos recortando-se os símbolos em cacos de cabaça, para
usá-los como carimbos sobre os tecidos.
Posteriormente, os tecidos Adinkra passaram a ser usados por líderes
espirituais em cerimônias e rituais.
Evitava-se usá-los no dia a dia, também pelo fato de que a tinta desbotava ao
lavar.
Atualmente, os tecidos Adinkra são usados pelos ganenses em diversas ocasiões,
tais como casamentos, batismos e rituais de iniciação.
Além de serem usados sobre tecidos, também se aplicam nas paredes, na cerâmica
e nos logotipos.
Brasília, 30 de abril de 2012
Parabéns por esse ótimo projeto social.
ResponderExcluirSucesso Sempre.
Abracos,
Washington S. Castro