quarta-feira, 19 de junho de 2013

O PROCESSO DE EXCLUSÃO DO NEGRO NA SOCIEDADE



Em Maio de 1888, quando assinada a “Lei Áurea”, que pôs fim à escravidão legal, não foi garantida a indenização financeira pelos 350 anos de trabalho. O trabalho assalariado, distribuído entre imigrantes europeus, foi negado aos negros e negras livres, que passaram a ser os primeiros desempregados, sem tetos, sem terras e sem identidades. Fomos finalmente libertados, mas para morrer de fome, frio ou exterminados pelos poderes repressivos constituídos à época.

Como o número de negros nos centros urbanos era muito alto foi necessário encontrar meios não apenas de nos retirar dos grandes centros, mas de acabar com qualquer possibilidade de luta por reparações ou por um simples emprego assalariado. No entanto, a repressão não foi suficiente. O chicote e a tortura não tiraram do nosso povo o sonho de liberdade. Foi necessária uma política sistemática de desqualificação da população negra. No início, foi trabalhoso convencer os negros, da época, de que tendo construído as riquezas do país e impulsionado a economia européia, não poderiam ser preguiçosos e desqualificados para o trabalho assalariado.

Dessa situação nasceram os diversos mitos: O de que o negro é preguiçoso, de que no Brasil não existe racismo, de que somos todos iguais, o de que discriminação no Brasil é contra o pobre e não contra o preto, etc. E para dar seqüência à política de exclusão do povo negro e minar sistematicamente nossa resistência, se construiu mais um: o de democracia racial, que afirma sermos todos iguais com oportunidades iguais, ou seja, “ninguém é deixado de lado pelo fato de ser preto, são os pretos que não são suficientemente esforçados”. Concomitante a isso se construiu a “teoria do embranquecimento”, que afirma sermos todos iguais, entretanto, “quanto mais claro melhor”. Essas duas políticas são demasiadas cruéis e puderam criar as condições necessárias para que a burguesia nos mantivesse fora dos mais variados seguimentos da sociedade.

CONFIRA O TEXTO COMPLETO NO LINK: http://espacosocialista.org/portal/?p=114

Nenhum comentário:

Postar um comentário